quinta-feira, 3 de março de 2011

Entre o tempo e a busca de sentido

A vida não é apenas um simples casulo de perguntas, muito menos uma gaiola aberta de respostas, talvez seja um meio-termo abstrato que nos rouba o tempo.

O que eu quero é apenas encher o meu copo com amor, ter um corpo e sentir o paladar de estar, pois, é surreal ver seu coração adormecer enquanto o amanhecer acorda.

Passei tanto tempo buscando os porquês da vida, tentando montar o quebra-cabeça com defeito de fábrica, tentando descobrir o porquê da desilusão ser tão cruel. Até que me dei conta de que tudo era tão normal, talvez essencial. A grande questão é o estrago que isso faz, a força que se busca no mais puro vazio dentro de si para suportar tais coisas. Incessantemente eu procuro a válvula de escape e a chave do baú obscuro onde guardo minhas mágoas e minhas dores, não quero que elas saiam da prisão e caminhem em mim, quero apenas que elas encontrem um abrigo na fogueira que queima as angústias e que as cinzas dancem no ar como lembranças.

O sentido, qual é o sentido?

Tanto busquei que o tempo para amar me foi curto, mas sei que estou vivo, que estou novo e que ainda há muito para poder dar uma chance ao amor. Mas não abro mão de buscar os sentidos, só não os priorizo, pois também não quero uma vida surreal. É contradição, é confusão e mais um pouco de sentidos abstratos e perguntas sem respostas. Mas deixo uma questão.

Qual o sentido da vida?

Resposta: __________________________________________________________

Só que estou no aeroporto, nervoso e ansioso, aguardando a decolagem do meu avião que está na estrada pra sonhar

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