sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Platonismo II

Eu não sei mais o que é platonismo, não sei mais o que é amar alguém e conviver com a angústia do silêncio, não sei mais o que é contar as horas pro dia seguinte e roer as unhas de ansiedade. Na verdade nem sei descrever o sentimento do agora, o platonismo me lucrou boas experiências, me adicionou maturidade e fez de mim um homem.

Eu não sei mais o que é platonismo! Acho que platonismo é uma fase, é algo que provém de imaturidade ou inexperiência, pra não ser rude. Embora a imaturidade não seja algo literalmente negativo, até porque trata-se de ponto de vista e é algo um tanto natural.

Eu não sei mais o que é platonismo justamente por ter visto-o por completo. Eu conheci seus passos, seus atos, suas manhas, seus ataques e seus abraços.

Esqueci a sensação de ter alguém na mente e gelar ao tê-la por perto, esqueci a sensação de sonhar com os olhos abertos e ser interrompido por um pessimismo leviano que nasceu do medo de expor o que sinto e perder o que tenho. Esqueci de quase tudo.

Hoje eu sei que posso concluir que platonismo é apenas um mal fundamental para a formação do caráter. Que é uma fase, um sentimento bobo e talvez ingênuo. Sei também das pessoas que o sentiram e hoje fingem sentir por uma questão maior de sadismo ou seja lá qual for a insanidade.

O platonismo nada mais é que apenas o início de toda realidade de vida amorosa que essa longa estrada irá nos proporcionar, é apenas o começo dos jogos perigosos que tal sentimento pode oferecer. Pode-se dizer que é algo que irá machucar seus pés e depois servir-se de bengala.

E o que é platonismo?

Eu já não sei mais.

domingo, 7 de agosto de 2011

Bêbado

Ainda estava consciente,
Mas a cerveja caía sem pudor,
Você inventa de levar amiga,
Eu tentei, eu tentei me conter.

Mas eu estava bêbado,
Demais pra me controlar,
Querida, eu te amo,
Mas o instinto foi mais forte.

Quando me dei conta
Já estava beijando-a,
Você me deu um tapa,
Um carinho leviano.

Mas tente entender
Eu estava bêbado,
Já não lembro mais nada,
Só você indo embora.

E só no dia seguinte
Eu percebi o estrago,
Antes fosse só cerveja,
Mas teve whisky e vodka.

Já é tarde demais,
Eu sei que não tem volta,
Querida, eu te amo,
Mas o instinto foi mais forte.

Tudo bem, querida,
As noites foram boas,
Mas o coração bate,
A vida continua.

Eu estava bêbado..

sábado, 6 de agosto de 2011

Morena dali

Morena que mora ali perto
Me encanta com o seu caminhar,
Faz brotar na alma desejos
Que agora prefiro não falar.

Quando eu vejo aquele sorriso
Me sinto num caminho rumo ao jaz,
Morena, tu és tão doce
E é uma pena que eu não seja o seu rapaz.

Morena, sabemos que a vida é curta,
A estrada é grande, temos que caminhar,
Fica a vontade de sentir os seus lábios
E quando a noite cair seus beijos contemplar.

Se estás sozinha e queres amor,
Te dou o dobro e de bônus a paixão,
Morena, não precisa se acanhar,
Pois há quem cuide do seu coração.