sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Platonismo II

Eu não sei mais o que é platonismo, não sei mais o que é amar alguém e conviver com a angústia do silêncio, não sei mais o que é contar as horas pro dia seguinte e roer as unhas de ansiedade. Na verdade nem sei descrever o sentimento do agora, o platonismo me lucrou boas experiências, me adicionou maturidade e fez de mim um homem.

Eu não sei mais o que é platonismo! Acho que platonismo é uma fase, é algo que provém de imaturidade ou inexperiência, pra não ser rude. Embora a imaturidade não seja algo literalmente negativo, até porque trata-se de ponto de vista e é algo um tanto natural.

Eu não sei mais o que é platonismo justamente por ter visto-o por completo. Eu conheci seus passos, seus atos, suas manhas, seus ataques e seus abraços.

Esqueci a sensação de ter alguém na mente e gelar ao tê-la por perto, esqueci a sensação de sonhar com os olhos abertos e ser interrompido por um pessimismo leviano que nasceu do medo de expor o que sinto e perder o que tenho. Esqueci de quase tudo.

Hoje eu sei que posso concluir que platonismo é apenas um mal fundamental para a formação do caráter. Que é uma fase, um sentimento bobo e talvez ingênuo. Sei também das pessoas que o sentiram e hoje fingem sentir por uma questão maior de sadismo ou seja lá qual for a insanidade.

O platonismo nada mais é que apenas o início de toda realidade de vida amorosa que essa longa estrada irá nos proporcionar, é apenas o começo dos jogos perigosos que tal sentimento pode oferecer. Pode-se dizer que é algo que irá machucar seus pés e depois servir-se de bengala.

E o que é platonismo?

Eu já não sei mais.

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