Eu preciso de você,
Mas não sei quem és,
Não consigo explicar
Como é esta insanidade.
É a solidão que abala,
Cria ilusões, delírios,
Ou é a carência
Que machuca, corrói...
Eu abraço-te num gesto
Onde a paixão encontra-se
Instável, pura e à procura
Da sua reação ofegante.
Eu me vejo deitado,
Calado e cabisbaixo,
Com a doce amargura
De uma realidade que eu não quis.
É apenas minha imaginação,
Ela não me ama, sequer existe,
Mas criei um consolo
Que criou mais feridas.
Mas sinto que a real existe,
Só está escondida entre os desconhecidos,
E eu a encontrarei nesse caminho estreito,
Pra sair dessa prisão dos sonhos.
E por vez saberei quem és,
E direi, num grito baixo,
Num tom caloroso,
Que eu preciso de você.
Nenhum comentário:
Postar um comentário