sexta-feira, 8 de abril de 2011

Sobre o fim do caos

Já fui grão,
Já fui fantoche,
Fui um saco de pancadas
Para a sua frustração.

Estava muito alheio à realidade,
A paixão cegava-me,
Roubava-me os sensos,
Fiquei submisso.

Criou-se uma cronologia,
Talvez um ciclo natural,
O que me torturou um dia,
Enalteceu o meu eu.

As recordações ficam,
Mas os sentimentos voam
Sem rumo, sem destino,
Queimando-se com o sol.

As palavras sobre isso
Se perderam na memória,
Mas voltaram só pra falar-me
Que tudo mudou, que acabou.

Oh, períodos, fatos,
Deixaram-me tão cabisbaixo,
Mas foi bom, o posterior
É a imagem da força.

Hoje sou pedra,
Hoje sou mão,
Livre de suas insídias,
Estou fausto.

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