terça-feira, 19 de abril de 2011

Porre

Cerveja, vodka, whisky e vinho,
O veneno que descia na garganta
Queimando cada gota de paz
E levando-me ao delírio.

A ressaca enterra meu sossego,
Meus amigos me contam rindo
Que eu tive que ser carregado,
Oh, amnésia, inimiga da resposta.

Minha mãe comenta sobre o cheiro
De de álcool que abraçou o quarto,
E eu ainda sinto o terrível gosto
Do vômito da noite anterior.

Só lembro de algumas das lágrimas
Que caíram após as lembranças
De um amor que se fora sem volta
E some na malícia do tempo.

Mas deixa a memória apodrecer,
Minha prioridade é ficar sóbrio,
Sem dor, sem enjoo, sem más lembranças,
Deitar-me-ei!

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